quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Manifestações populares "On Line" em redes sociais no Brasil...!?

Autor: Alexandre Flecha Campos.  É Tenente Coronel da PMGO - Especialista e Gestor em Segurança Pública
            Os recentes episódios de manifestações populares que vêem ocorrendo com certa freqüência no Brasil ocorrem, em boa parte, precedidas por mobilizações espontâneas através de ferramentas das redes sociais virtuais, com grande potencial de adesão de massa anônima, em curto período de tempo, independentemente de conotações e/ou bandeiras políticas. Lembremos que sob o ponto de vista legal, a Constituição Federal em vigor ampara o direito universal de ir e vir, bem como manifestações pacíficas no âmbito da busca legítima das garantias individuais e de participação social no regime democrático em que vivemos.  
            Exemplos deste fenômeno foram presenciados a partir do segundo semestre do ano de 2013 com diversas manifestações populares simultâneas nas ruas de todo país, registrando-se recordes de presença de público, em atos pacíficos – deixando legados positivos, muito embora tenha havido desvios de seus propósitos naqueles que se tornaram violentos. Estes liderados pelos grupos mascarados e trajados de preto intitulados de "Black blocs", que, infelizmente, mais se traduziram em atos de agressão, vandalismo e destruição do patrimônio público e privado, puro e simplesmente.
            O resultado desta iniciativa popular ainda não foi completamente absorvido pela sociedade brasileira. Além de terem trazido indagações pouco esclarecidas pelos estudiosos de segurança pública e as autoridades competentes, deixando um rastro de poucos avanços construtivos, ante as muitas destruições e desgastes de elevado custo a serem pagos por todos nós.
            Este tipo de mobilização de rua tem trazido conseqüências em várias esferas, seja para o cidadão brasileiro, seja para a classe política, ou para a iniciativa privada e especialmente aos profissionais das instituições de segurança pública, no que se refere ao doloroso processo de aprendizagem a que foram submetidos. Nesse caso, extraem-se lições vividas em cada "embate" durante as ações tomadas no estrito cumprimento do dever legal da preservação da ordem pública, nas situações em que foram chamados a intervir.
            Houve flagrantes de cenas de selvageria provocados por minorias de agressores infiltrados nas multidões que levaram ao descontrole das manifestações, produzindo cenas lamentáveis de violência, incinerações, depredação de patrimônio público e privado, bloqueios de vias, e de agressões gratuitas aos profissionais de segurança pública. Os policiais foram levados a revidar com maior ou menor energia. A conjuntura dos episódios conduziu a debates quanto à eficiência das instituições de segurança pública na lida com este cenário, e ainda sobre a fragilidade da aplicação das leis no país, formando-se um ciclo vicioso retro alimentador de atos criminosos dessa natureza.
            Ainda, mais recentemente, a mídia tem registrado flagrantes de manifestações relâmpagos articuladas também por redes sociais, batizados por "rolezinhos" que consistem em convites pontuais às invasões planejadas também por redes sociais "on line". Notadamente, trata-se de jovens de periferias, cuja maioria é composta por negros e de baixa renda. Tais encontros voltaram-se para estabelecimentos comerciais de grande concentração popular, como no caso de Shopping Centers, ambientes estes considerados até pouco tempo de elevada segurança e conforto e direcionados às classes de maior poder aquisitivo.
Assim, vêm surgindo correntes de formadores de opinião de toda ordem, cabendo registrar: de um lado aqueles que denunciam que a polêmica formada em torno do novo fenômeno existe por motivo de segregação social e de discriminação de raça, e de outro lado aqueles liderados pelos empresários dos estabelecimentos comerciais privados dos Shopping Centers os quais alegam que existe risco real e iminente de desordem e anarquia, com grande potencial de causar prejuízos o que deixaria uma acentuada sensação de insegurança.
            Seja como for, o assunto “rolezinho” é muito polêmico e seus resultados continuam ainda desconhecidos, pois o fenômeno ainda é muito recente não tomando a proporção de violência registrada nas manifestações ocorridas nas ruas durante o transcorrer do ano de 2013. Tal movimento tem um diferencial importante, qual seja: tratar-se de local de propriedade privada e voltada à obtenção de lucro dentro das regras de uma economia capitalista. 
            Transportando esta discussão para o campo de segurança pública tem- se observado que o atual quadro de violência instalado em nosso país é gerado em grande parte por múltiplos fatores, tais como a morosidade da justiça, impunidade e reincidência das ações delituosas, a falência do sistema penitenciário, a corrupção, os grandes bolsões de miséria, a reprodução da violência sofrida pelo indivíduo no seio familiar para a sociedade e a histórica injustiça social, entre muitos outros fatores.
            Ademais, agravando o quadro que se apresenta a mídia, a opinião pública, a sociedade organizada e o sistema de segurança pública vivem um dilema paradoxal no que tange aos posicionamentos voltados para os modos operantes da atuação policial, qual seja: de um lado, pugna-se por intervenções pautadas nos princípios da legalidade, ética e profissionalismo, do outro, observa-se algumas ações policiais com desfechos considerados desastrosos, em que tanto as instituições policiais, quanto os seus integrantes são imputados em boa parte por uso indevido da força, abuso de autoridade, truculência, violência arbitrária, danos físicos e morais entre outras motivações.
De qualquer maneira os bravos policiais, seja vistos na condição de seres humanos ou como profissionais de segurança pública que estão sendo submetidos na linha de frente a todo tipo de agressões, não merecem se transformar em um depositório de críticas levianas ou em uma classe a ser desmoralizada sob o subterfúgio de se atingir o Estado Democrático, em decorrência de atos irresponsáveis provocados por uma parcela de agressores que se aproveitam do anonimato dentro da multidão para incitar e promover o caos.

            A sociedade não pode ficar passiva e "míope" diante do quadro de violência apresentado, devendo se manter sóbria para tomada de decisões acertadas e isentas de influências midiáticas, agindo pro ativamente, e participando diretamente de ações preventivas em parceria com o Estado na busca de seus direitos constitucionais como cidadãos. Devemos, portanto, exigir a intervenção do Estado com medidas eficazes através de seus órgãos de segurança. Por fim, é preciso fazer valer a democracia mediante o importante ato de escolha de seus legítimos representantes, se esquivando de promessas levianas e demagógicas, e de discursos hipócritas e populistas, produzidos por parte de uma classe política e por uma elite intelectual dominante formadora de opinião que assim agindo não cumprem com o dever fundamental de dar respostas efetivas a sociedade brasileira. CIDADÃO BRASILEIRO, é hora de tirar a máscara e mostrar de que lado você está....!!!!!?????        

Coronel do Exército afirma que Brasil está a três passos de guerra civil

Coronel Gélio Fregapani. 
Imagem: Reprodução

Em artigo nomeado "Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina", o coronel do Exército Gélio Fregapani, atualmente na reserva, afirmou que o Brasil está "a três passos de uma guerra civil".

 
Além de comentar a concessão de territórios a grupos indígenas,  riqueza em minérios, mencionou ações do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra -, interesses de potências internacionais, a crise que assola inúmeros países do Mundo, conflitos rurais e étnicos, entre outros.

O artigo gerou discussões, críticas e elogios. Para alguns, a postura do militar seria excessivamente conservadora, vedada ao progresso e a valores sociais, excessivamente alarmista e avessa a movimentos sociais. Para outros, seria uma postura sensata e valorosa, tendo em vista a conjuntura nacional e internacional.

Segue o artigo na íntegra:
Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina.
Conflitos no Rio de Janeiro. Imagem: Reprodução

Falta ainda homologar no Congresso e unir as várias reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua independência. Isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola. Talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
O MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões do MST são toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja: a convulsão social. Este conflito parece inevitável.
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.


Pela primeira vez em muito tempo, está havendo alguma discussão sobre a segurança nacional. Isto é bom, mas sem identificarmos corretamente as ameaças, não há como nos preparar para enfrentá-las.
A crise econômica e a escassez de recursos naturais poderão conduzir as grandes potências a tomá-los a manu militari, mas ainda mais provável e até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por três componentes básicos:
— a divisão do povo brasileiro em etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências entre ambientalistas e desenvolvimentistas.


Em certos momentos chega a ser evidente a demolição das estruturas políticas, sociais, psicológicas e religiosas, da nossa Pátria, construídas ao largo de cinco séculos de civilização cristã. Depois, sem tanto alvoroço, prossegue uma fase de consolidação antes de nova investida.
Isto ainda pode mudar, mas infelizmente os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina. Em havendo, nossa desunião nos prostrará inermes, sem forças para nos opormos eficazmente às pretensões estrangeiras.
A ameaça de conflitos étnicos, a mais perigosa pelo caráter separatista
A multiplicação das reservas indígenas, exatamente sobre as maiores jazidas minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura neolítica (que nem existe mais), mas visa mesmo a criação de "uma grande nação" indígena. Agora mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-serra do Sol, o anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi. Posteriormente a Marabitanas unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando toda a fronteira Norte da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas serras prenhes das mais preciosas jazidas.
O problema é mais profundo do que parece; não é apenas a ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de porte continental sonhado pela utopia neomissionária tribalista. O trabalho de demolição dos atuais Estado-nações visa a construção, em seu lugar, da Nuestra América, ou Abya Yala, idealizado provavelmente pelos grandes grupos financistas com sede em Londres, que não se acanha de utilizar quer os sentimentos religiosos quer a sede de justiça social das massas para conservar e ampliar seus domínios. O CIMI, organismo subordinado à CNBB, não cuida da evangelização dos povos indígenas segundo o espírito de Nóbrega, Anchieta e outros construtores de nossa nação. Como adeptos da Teologia da Libertação, estão em consonância com seus colegas que atuam no continente, todos empenhados na fermentação revolucionária do projeto comuno-missionário Abya Yala.
O processo não se restringe ao nosso País, mas além das ações do CIMI, a atuação estrangeira está clara:
— Identificação das jazidas: já feito;
— atração dos silvícolas e criação das reservas sobre as jazidas: já feito;
— conseguir a demarcação e homologação: já feito na maior parte;
— colocar na nossa Constituição que tratados e convenções internacionais assinados e homologados pelo congresso teriam força constitucional, portanto acima das leis comuns: já feito;
— assinatura pelo Itamarati de convenção que virtualmente dá autonomia à comunidades indígenas: já feito.


Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reservas em uma gigantesca e declarar a independência, e isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
O perigo não é o único, mas é bastante real. Pode, por si só, criar ocasião propícia ao desencadeamento de intervenções militares pelas potências carentes dos recursos naturais — petróleo e minérios, quando o Brasil reagir.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola
A UnB foi contratada pelo Governo para fazer o mapa dos quilombolas. Por milagre, em todos os lugares, apareceram "quilombolas". No Espírito Santo cidades inteiras, ameaçadas de despejo. Da mesma forma em Pernambuco. A fronteira no Pará virou um quilombo inteiro.
Qual o processo? Apareceram uns barbudos depiercings no nariz, perguntando aos afro-descendentes: "O senhor mora aqui?" "Moro." "Desde 1988?" (o quilombola que residisse no dia da promulgação da Constituição teria direito à escritura). "Sim". "Quem morava aqui?" "Meu avô." "Seu avô por acaso pescava e caçava por aqui?" "Sim" "Até onde?" "Ah, ele ia lá na cabeceira do rio, lá naquela montanha." "Tudo é seu." E escrituras centenárias perdem o valor baseado num direito que não existe. Não tenho certeza de que isto não seja proposital para criar conflitos.


Tem gente se armando, tem gente se preparando para uma guerra. Temos de abrir o olho também para esse processo, que conduz ao ódio racial. Normalmente esquerdistas, talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
Certamente isto vai gerar conflitos, mas até agora o movimento quilombola não deu sinal de separatismo.
Os Conflitos Rurais — talvez os primeiros a eclodir
O MST se desloca como um exército de ocupação, mobilizando uma grande massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma "zona livre", uma "república do MST" na região do Pontal do Paranapanema, o Governo só contemporiza; finge não perceber que o MST não quer receber terras, quer invadi-las e tende a realizar ações cada vez mais audaciosas.
É claro que os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: "O interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá de controle, haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará."
Este conflito parece inevitável. Provavelmente ocorrerá num próximo governo, mas se ficar evidente a derrota do PT antes das eleições, é provável que o MST desencadeie suas operações antes mesmo da nova posse.
O ambientalismo distorcido, principal pretexto para uma futura intervenção estrangeira
Já é consenso que o ambientalismo está sendo usado para impedir o progresso, mesmo matando os empregos Caso se imponham os esquemas delirantes dos ambientalistas dentro do governo, com as restrições de uso da terra para produção de alimentos, um terço do território do País ficará interditado a atividades econômicas modernas.
Há reações, dos ruralistas no interior do País, nas elites produtivas e até mesmo em setores do governo, mas as pressões estrangeiras tendem a se intensificar. Se bem que raramente o meio ambiente serviu de motivo para guerra, hoje claramente está sendo pretexto para futuras intervenções, naturalmente encobrindo o verdadeiro motivo, a disputa pelos escassos recursos naturais.
No momento em que a fome ronda o mundo, o movimento ambientalista, a serviço do estrangeiro, mas com respaldo do governo e com apoio de uma massa urbana iludida, chama de "terra devastada" àqueles quadrados verdejantes de área cultivada, que apreciamos ver na Europa e nos Estados Unidos, e impede a construção de hidrelétricas para salvar os bagres. Com a entrada da Marina Silva na disputa eleitoral, nota-se, lamentavelmente, que todos os candidatos passarão a defender o ambientalismo, sem pensar se é útil para o País.
A três passos da guerra civil
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
Várias fontes de conflito estão para estourar, dependendo da radicalização das más medidas, particularmente do Ministério da Justiça:


— Roraima não está totalmente pacificada;
— o Mato Grosso do Sul anuncia revolta em função da decisão da Funai em criar lá novas reservas indígenas;
— no Rio Grande, os produtores rurais pretendem reagir às provocações do MST;
— Santa Catarina ameaça usar a PM para conter a fúria ambientalista do ministro Minc, que queria destruir toda a plantação de maçã.


Uma vez iniciado um conflito, tudo indica que se expandirá como um rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante já por si, fica agravado pela quase certeza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso País sofrerá pressões para ceder suas riquezas naturais — petróleo, minérios e até terras cultiváveis — e estando dividido sabemos o que acontecerá, mais ainda quando uma das facções se coloca ao lado dos adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.
Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas notícias, o Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá seu efetivo reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês.


O cel. Gelio Fregapani é escritor, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.